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GENERAL SAMPAIO: UM EXEMPLO DE CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO.


Uma alternativa mais barata e eficiente para manter o gado bem alimentado no período de estiagem. É o que, segundo o Secretário de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente de General Sampaio, José do Egito, ensina aos pequenos produtores do Município.


A implantação do silo cincho para o armazenamento de capim-elefante tem sido um grande exemplo de convivência com o semiárido. Ele tem orientado pecuaristas da região Vale do Curu sobre a técnica que, apesar de seus benefícios, ainda é pouco utilizada na região.


‘’A silagem é uma das melhores opções de alimentação do gado durante o período de estiagem. Nesse processo, por exemplo, o milho, capim ou sorgo são armazenados em silos para fermentação. Quando feita corretamente, o valor nutritivo da silagem é semelhante ao material de origem’’, explica José do Egito.


Na época de seca, a silagem garante alimentação de qualidade para o gado e, com isso, contribui para que a produção leiteira do rebanho não seja prejudicada.



O custo para a implantação do silo cincho é em média 30 % menor do que o trincheira mais conhecido. O silo cincho pode ser implantado próximo aos currais, o que facilita o trabalho do produtor. Também não há a necessidade de contratação de tratores ou ensiladeiras para construí-lo. “Pode ser feito em mutirão, motivando a cooperação entre os produtores. O silo cincho ainda permite uma compactação melhor do que o trincheira. O pisoteio realizado pelos trabalhadores é mais uniforme e consegue, inclusive, compactar melhor as bordas do silo, o que quase sempre é a parte menos compactada no silo trincheira, ocasionando perdas que chegam a 10% do material ensilado”, afirma o Secretário. 


O terreno da ensilagem deve ser plano e, ao redor do silo, recomenda-se fazer uma valeta para o escoamento de águas pluviais. De acordo com o José do Egito, a construção do silo cincho pode ser feita com uma chapa de aço galvanizado, com 60 cm de largura e comprimento variável, que vai depender do volume a ser armazenado.


‘’Um chapa de 11 metros de comprimento é possível fazer uma fôrma circular com 3 metros de diâmetro. A chapa é amarrada com arame em suas extremidades, formando um anel. Ela é fixada ao solo com cinco estacas, evitando que a mesma seja deslocada durante a compactação inicial da silagem.


O corte do capim-elefante para silagem deve ser feito com 90 dias de rebrota, ou seja, três meses após o último corte. A forrageira deve ter entre 1,80 e 2 metros de altura. A orientação é que o corte seja feito no dia anterior ao da ensilagem. “Isso permitirá o murchamento da planta, o que favorece a fermentação da silagem, ao eliminar o excesso de umidade do capim logo após seu corte além de facilitar o enchimento do silo em menor tempo”, diz. De acordo com o agrônomo, o capim-elefante é menos nutritivo do que as silagens de milho e sorgo. Mas, segundo ele, neste caso, deve-se adicionar ao volumoso fubá de milho ou sorgo, o que irá resultar numa silagem de boa qualidade.


O capim picado é colocado no interior do silo. A cada camada de 20 cm, a forrageira é compactada por pisoteamento. Na medida em que a massa ensilada atingir a altura da fôrma, a chapa de aço galvanizado é solta das estacas e suspensa. Dessa maneira o silo ganha a forma de um cilindro de capim. Após completar a ensilagem, a fôrma é retirada e o volumoso é coberto com lona plástica, vedando o silo para evitar a entrada de ar. “Um silo com três metros de diâmetro e 1,5 metros de altura tem a capacidade de armazenar aproximadamente seis toneladas de silagem”, ressalta Albernaz. Em média, o volumoso poderá será utilizado na alimentação do gado 30 dias após o seu armazenamento.


De acordo com José do Egito, a silagem é importante na região devido à falta de pasto de qualidade na época da seca. Isso, segundo ele, obriga o produtor a armazenar volumoso para manutenção do rebanho e a produção de leite e carne. “Uma silagem de qualidade permite a redução de custos com ração concentrada e o balanceamento correto da alimentação dos animais. A silagem funciona como uma "poupança", que deve ser utilizada nos momentos de falta de volumoso na propriedade”.



DIVULGAÇÃO DA TÉCNICA.

A Secretaria está promovendo uma série de dias campos sobre a ensilagem em silo cincho, na região. A iniciativa tem despertado o interesse dos produtores, que estão adotando a técnica. Neste mês de maio foram realizados dois encontros sobre silagem de cincho em Riacho das Pedras e Pedras Pretas. O próximo evento acontecerá em Julho no São João.

“O silo cincho é pouco conhecido e raramente utilizado na região. Com os dias de campo realizados pela Secretaria e com a iniciativa de alguns produtores, sua utilização vem sendo disseminada, principalmente, em comunidades onde os produtores utilizam o mutirão e a troca de serviços para reduzir o custo da mão de obra”, concluiu.

Fonte: http://www.c4noticias.com.br/2016/06/general-sampaio-um-exemplo-de.html?utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook Fotos e texto de Antônio Carlos Alves
Raimundo Moura

Radialista formado, blogueiro, graduando em serviço social e Conselheiro Tutelar, atualmente apresento o Programa Alerta Geral Vale do Curu pela 91.9 de Pentecoste e colaboro com o Jornal Integração da Atitude FM de Itapajé.

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