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Entrevista com o Prof. Manoel Andrade Neto

Entrevista com o prof. Andrade sobre empreendedorismo social.  

Eu sou Manuel Andrade Neto, tenho 52 anos e sou graduado em química pela UFC. Professor. Ensinava no Ensino Médio e depois na universidade. Trabalhei na MERK Alemã na área de química como pesquisador júnior no trabalho de pesquisa com plantas. Meu empreendimento é educacional. Eu trabalho com educação, principalmente com educação em comunidades populares e também com a educação em aprendizagem cooperativa. 


É uma metodologia que favorece e estimula as pessoas a aprenderem. Juntas. Elas compartilham o conhecimento.Não. A aprendizagem cooperativa em sala de aula é uma coisa que existe há muitos anos, existe muita pesquisa sobre isso. Mas esse movimento de estudantes montando seus grupos de estudo de forma autônoma isso é uma coisa que ganhou muita força com nosso trabalho. Principalmente aliando esta técnica de aprendizagem cooperativa com responsabilidade social, em compromisso de retornar e ajudar as comunidades, estímulo à solidariedade, isso é bem mais característica do trabalho que desenvolvemos aqui. De certa forma, é pioneiro porque desenvolvemos esta técnica para juntar estes potenciais destes os estudantes para desenvolvimento local. O movimento é formado pelos próprios estudantes. Começamos com poucos, com 7, mas hoje já se construiu este movimento grande.O nome que usamos mais é PRECE. Programa de educação em células cooperativas. Mas este nome ainda não consegue abarcar porque é o nome da sigla de um programa, e o que existe hoje é muito mais do que um programa, e o que existe hoje é muito mais do que um programa, é um movimento que está se expandindo. Ele deixa de ser um programa da universidade, então o nome PRECE deixou de representar um programa. 

O PRECE foi iniciado em 1994. Estamos completando 18 anos. Na comunidade rural, no Cipó, a 100 km de Fortaleza, e há 18km da sede do município de Pentecoste. Lá que começamos a iniciativa dos primeiros estudantes se reunirem e montarem os grupos de estudo, vivendo em uma casa de fazer farinha, então a célula inicial se estabeleceu ali. Os estudantes, eles inicialmente se reuniram para concluir a educação básica, e ensino fundamental médio, através de educação de jovens e adultos, eles queriam se escolarizar. Então eles foram se ajudando, fazendo as provas, eles recebiam módulos, eles foram se escolarizando e ingressando na universidade. E ingressando na universidade passaram a retornar na comunidade pra ajudar os outros. Então criou-se este movimento de retorno solidário para que as pessoas se empenhavam para que outras pessoas para ter o mesmo sucesso que eles tinham. Os resultados de ingresso na universidade podemos contabilizar em torno de 500 estudantes. Mas o que estão envolvidos mesmo na luta, na multiplicação do trabalho, eu calculo que deve ter umas 200 pessoas. Da multiplicação da ideia, da metodologia, da ideia de ser célula cooperativa que os estudantes se ajudam mutuamente na caminhada para a universidade e também no desenvolvimento local.Hoje a gente tem o que chamamos de comunidades. Associações de estudante,s profissionais graduados deste movimento que continuam fazendo o trabalho. Ele é um trabalho descentralizado, não tem um local que centraliza tudo. Nós chamamos de Escolas Populares Cooperativas, mas na verdade não são escolas – são associações de estudantes, que acontece de forma autônoma. 

 Temos em torno de 13 escolas, associações. Será que podemos dizer que estes estudantes são seus sócios. Sim, eu acho que sim, porque é uma empresa em que todas as pessoas são donas, porque elas investem seu capital, e isso só funciona com o capital delas. 

Bem, eu acho que pra começar foi uma junção de fatores, de motivações. Primeiro é a ligação que eu tinha e ainda tenho com a comunidade. Comunidade onde me criei e onde meus pais ainda moram, tenho uma ligação muito forte, e eu tinha vontade de ajuda-la. É mais forte do que uma vontade de ajudar – tá relacionado com memória da infância e tal. Outra coisa importante que eu considero é que durante a minha vida eu desenvolvi um certo sentimento de responsabilidade, responsabilidade pelas coisas que eu estava aprendendo e que estava conseguindo na vida por causa de uma visão mais espiritual da vida, de entender que a gente recebe de Deus e temos que compartilhar. Isso desenvolveu um certo ... missionário. Então você casa a paixão pela comunidade com visão missionária. Um terceiro aspecto que eu acho muito importante que não pode deixar de lado, é que o retorno da comunidade, pra começar um trabalho como esse, não deixa de certa forma de valorizar a gente, e se sentir valorizado por ser reconhecido em seu próprio lugar. Você tem um estimulo. Faz com que você se sinta estimulado para voltar para um lugar onde as pessoas valorizam você. Então quanto mais você ajuda, mais você é valorizado, e quanto mais você é valorizado, mais você tem vontade de ajudar. Isso é um ciclo virtuoso interessante. Pelo menos esses 3 fatores são muito fortes para criar as motivações para que pudesse iniciar este trabalho. 

 Minha formação. Eu fui formado no grupo de uma igreja, eu também tinha um grupo que trabalhava com o evangelho integral, isso é, que não é uma relação vertical com um Deus superior, mas que a fé tem que ser vivenciada em relação com as pessoas, e que você não é dono das coisas, que você recebe aquilo que você ganha para compartilhar e servir para os outros, eu tive uma formação nesta área. Minha espiritualidade é muito voltada para esta área. O que eu aprendi sobre Jesus Cristo eu aprendi na perspectiva de uma pessoa que doa, que dá, que recebe, que tem um dom, uma força, que dá e compartilha, chegando ao ponto de compartilhar sua vida. Essa é o esqueleto, a formação, a linha mestra da minha visão espiritual. Acho que uma das formas que podemos ver a palavra fé é por meio da perseverança. 

 Eu fui uma pessoa no passado, quando era mais jovem, eu não persevera muito nas coisas, eu abandonava facilmente. coisas que não abandonei porque não tive opção, por exemplo, estudar, eu abandonei UM ANO quando fui para o exército, mas não abandonei de todo, mas era a opção que eu tinha., mas com o tempo eu fui aprendendo a perseverar mais nas coisas. Mas eu tenho uma dificuldade em relaiconar, quando você fala de fé. O que é a fé? Pela definição, aquela certeza das coisa sque você não tá vendo... eu não sei muito trabalhar nesta perspectiva. Fé pra mim tá relacionado com isso, obviamente. A gente acredita numa coisa... euacredito nesta missao, alguem me disse, ou eu experimentei, e vivenciei, alguem vivenciou e tenho aquela crença de que é aquilo que eu devo fazer. Eu acredito piamente que nós não vivemos aqui para acumular coisas. Eu não consigo. Eu não esotu dizendo que está errado quem tem esta percepção, mas eu aprendi diferente, então eu acredito que é o melhorpara mim. Então a fé é neste sentido. 

 Eu fiz a minha carreira acadêmica , eu caminhei e compeltei a carreira acadêmica. Fiz graduação, mestrado, doutorado, pós, fiz carreira como pesquisador, não cheguei ao top porque eu abandonei a carreira como pesquisador para me dedicar ao trabalho que eu considero de educação, de extensão universitária. Nessa área, eu consegui ter o sucessos que uma pessoa normal poderia ter. 

 Muitos obstáculos. Obstáculos de morar na casa dos outros, de não morar com os pais, as dificuldades emocionais desta saída de casa, obstáculos financeiros e também falta de visão por não entender certas coisas que estavam acontecendo. No passado eu comecei várias coisas e não consegui terminar porque não conseguia ter a visão completa. Eu diria que fui tendo alguns sucessos, e o sucesso fez com que eu acreditasse mais em mim mesmo. O sucesso leva ao sucesso. Um fracasso leva a outro fracasso. Tem um momento aqui que a gente decide se quer investir no caminho do sucesso ou do fracasso. Não sei explicar bem com todos os detalhes, mas eu resolvi acreditar mais no sucesso. Acho que me sinto uma pessoa de sucesso, vitoriosa, porque eu não fiquei ligado somente ao fracasso. Meus fracassos, os momentos que desisti das coisas foram importantes para me fazer aprender a não desistir mais das coisas. De certa forma o fracasso contribuiu para o sucesso. Esses momentos de falta de perseverança aconteceram, mas eles também tiveram uma função pedagógica na minha vida. 

 Um dos momentos mais difíceis....tem muitas coisas pequenas, não grandes. O fato de morar na casa dos outros, por exemplo. Eu queria sempre morar na minha própria casa e por anos passei muito chateado, magoado, porque não tinha lugar pra morar. Ia na casa de um, na casa de outro. Isso deixava meu humor meio baixo, meio deprimido. Isso foi uma coisa que acompanhou minha vida. Mas depois eu percebi que talvez isso tenha a ver mais com a própria personalidade. O obstáculo pode ser uma coisa muito ruim, um grande obstáculo. Mas a gente também pode estar fazendo ele grande, maior do que ele é. E a gente se compreender, que a gente tem a tendências de fazer as cosias médias se tornarem grandes, se você entende que você é assim, você tem que desconfiar dos seus próprios sentimentos.  

Sim. Com certeza, O PRECE não teria começado se eu não tivesse essas vivências todas que me fizeram entender, compreender as pessoas no meu lugar, compreender a mim mesmo, minha missão, os obstáculos, porque eu lido com pessoas e para lidar com pessoas temos que entendê-las, entender suas motivações. E às vezes entender as pessoas passa por uma compreensão de si mesmo. Se você não se entende, você não consegue entender os outros. Tem que ter uma compreensão empática para entender a motivação das pessoas. Mas você tem que entender a si mesmo, senão você não consegue entender o outro. 

 Desde a primeira aprovação do primeiro aluno na universidade até hoje. O sucesso no passado era a entrada dos meninos na universidade. Hoje nós celebramos o sucesso dos que estão entrando no mundo do trabalho e se estabelecendo. Terminando pós graduação, se tornando professores universitários, se tornando liderança na área de gestão de pessoas... cada vez que estes grupos ganham prêmios... Momentos de sucesso que celebramos com muita alegria. Normalmente um empresário ele vai dar o quanto ele produziu ou vendeu de um determinado produto durante o ano. Para nós, nós celebramos as pessoas que estão tendo sucesso e celebramos mais ainda quando percebemos que algumas pessoas tem sucesso e compartilham com outras pessoas, retroalimentando o programa. Esse é o auge do nosso sucesso. 

 Tecnicamente, sucesso é quando uma pessoa quer fazer uma coisa e ela faz. Então ela alcança sucesso. Pra mim, o programa obtém vários níveis de sucesso. Um nível é quando os estudantes entram na universidade. Depois, quando eles conseguem terminar a faculdade. Um outro nível, o mais importante, é quando o estudante teve uma caminhada de sucesso pessoal e transforma essa caminhada em sucesso coletivo. Isso é, o sucesso dele é o sucesso da comunidade também. Quando a gente percebe isso, é um grande sucesso no Programa. 

 Sim. E de comunidades. O sucesso do PRECE é o desenvolvimento de pessoas e de comunidade. O PRECE é um movimento de cooperação e solidariedade. É um movimento que leva a mobilidade social de pessoas e também de comunidades. Ele leva o desenvolvimento local a partir de agentes da própria comunidade. 

 Esta pergunta é uma pergunta muito difícil porque hoje estamos vivendo uma situação complexa. Estamos interagindo com o poder público estadual. Os poderes mudam a cada 4 anos. Como vamos imaginar o que vai acontecer daqui a 4 anos, quando o poder mudar? Eu tenho uma coisa comigo: eu penso que o PRECE é um movimento que hoje não tá mais focado na questão de ajudar estudantes a entrar na universidade. O foco do PRECE está se deslocando para um desenvolvimento local mais amplo. Um desenvolvimento educacional, social, político e econômico. O que eu acho é que no futuro muitas ações que estão acontecendo no PRECE vão ser transferidas para o setor público. Por exemplo, se o PRECE for empreendimento de sucesso, as ações de educação vão acontecer na escola pública. Então a gente ficaria com uma história: com pessoas que se envolveram num determinado período, que construíram um movimento para apoiar a escola pública, e ficaria a ideia de que para ser um cidadão responsável você tem que desenvolver as atividades que naquela época o pessoal do PRECE desenvolveu. Não necessariamente esse movimento tem que ter o nome do PRECE. Como você pode imaginar,o sucesso seria isso: o desenvolvimento local. Ter escolas de qualidade na região, ter os índices de movimento crescentes, ter classe política diferente na nossa região, proque o tecido social tá se alterando a ponto de exigir novas lideranças políticas. Essa é a perspectiva de sucesso que eu vejo. Mas precisam ser feitas muitas coisas de forma organizada e articulada para que a gente chegue neste ponto. 

Acredito. 

 Bem, conselhos... a pessoa que começa um empreendimento social tem suas motivações. primeira coisa, ela tem que ver suas motivações. Mas isso não sei se podemos fazer, porque eu mesmo quando comecei não refleti sobre isso. Mas para ter sucesso hoje poderia resumir da seguinte forma. Para ter sucesso em empreendimento social é extremamente importante que você encontre bons parceiros, que você não queira fazer as coisas sozinho, porque só não tem como chegar lá. Quanto mais parceiros e pessoas envolvidas, melhor. Melhor ainda será se os beneficiários forem os parceiros do projeto e investirem sua força, energia e motivação. Porque se elas só receberem, elas consomem os recursos e não se chega a lugar nenhum. É importante que elas sejam produtoras de conhecimento, de vivência, de experiência e resultados. Que elas mesmos sejam o resultado e também produzam resultados. Talvez seja esse o grande milagre que levaria ao sucesso de um empreendimento, especialmente social. 

 Corajoso eu não sei. Tem coisa que a gente faz e não tem nem noção da dificuldade e do perigo que a gente tá passando. Corajoso é quando se tem a noção e enfrenta assim mesmo. Eu não sei se sou corajosa. Tem algumas áreas que sou muito medroso, que não tenho coragem de entrar. E eu estou ficando mais medroso, vai ficando mais velho, mais cansado... antes eu rodava a noite toda fazendo uma coisa. E hoje em dia eu tenho mais medo de fazer .isso e ficar quebrado no dia seguinte, não passar bem. Coragem pra mim é ver dificuldade e enfrentar. Mas quando você não sabe da dificuldade e enfrenta, isso não é coragem, isso é loucura. Você vai lutar contra o monstro, pensa que ele era pequeno e você vai. Mas o monstro é grande. E as pessoas dizem: fulano é corajoso. Não, na verdade ele não sabia o tamanho do urso. 

 Eu não consigo ver a curiosidade dessa forma. Talvez a criatividade. A curiosidade é mais para a área científica, você querer descobrir coisas novas e querer saber o motivo das coisas... não sei. Pode até ser que seja, mas não tenho uma opinião formada a respeito disso. Eu me sinto uma pessoa que tenho uma certa curiosidade, mas não sei se isso é uma coisa tão importante para o sucesso do empreendimento.

 Para uma coisa ter sucesso, especialmente hoje, você tem que estar atento às mudanças. Uma pessoa lenta na percepção e criação das coisas fica sempre desatualizada. Uma característica legal que eu tenho em mim é que eu nunca quero fazer a mesma coisa todos os dias, eu to sempre criando cosias novas, porque o mundo tá em constante movimento, então se você faz a mesma coisa todos os dias, o que você tá fazendo pode estar desatualizado, não estar servindo pras pessoas ou não estar servindo pra nada. Eu procuro sempre criar. O mundo tá em movimento. Você faz uma coisa hoje pra um grupo de pessoas, amanhã é outro grupo. Você usa hoje uma ferramenta, amanhã esta ferramenta não alcança mais o objetivo. Então se você não tem criatividade essa capacidade de mudar as coisas, de criar, você pode ficar desatualizado e o que você tá fazendo não é útil, não alcançao propósito. Os empreendimentos hoje são coisas que funcionam em movimento. 

 Faria mais atividade física (risos) e cuidaria para nao passar muito tempo acordado de noite. Era mais cuidado com isso, com a saúde. Pra você se sentir bem, investir. Eu sempre investi em auto conhecimento, mas investi pouco em atividade física. Caminhar mais... e uma coisa também, um coisa que me falta muito é ter mais disciplina, uma coisa que eu não aprendi. Mas às vezes a criatividade entra na contramão da disciplina. Quando você é muito disciplinado, você acaba não sendo muito criativo, e aí não sei se dá. 

 Sou casado, tenho 3 filhas adolescentes, e tento fazer um equilíbrio em lidar com a família, me envolver com a educação da família, gostaria de poder fazer mais, mas não tem como, a não ser que eu abra mão de várias coisas que eu estou fazendo. Mas acho que estamos caminhando. Nada anormal. Os problemas são uma forma da gente aprender. 

 Uma das coisas que considero ruim em mim foi perdendo em ter a capacidade de ter prazer desinteressado nas coisas. Mas eu acho que isso é porque a gente vai envelhecendo e fica viciado em agenda, e não sabe mais como se divertir. Tudo na vida tem que ter know how. Se divertir exige criatividade. Por exemplo, minha diversão no passado era jogar futebol, banho de açude, pescar, etc,.. tempo foi mudando, e a diversão foi mudando. Passei a jogar menos... por falta de tempo. O tempo vai mudando, e a gente tem que criar alternativas de diversão dentro da nossa idade e do nosso tempo. Isso exige pesquisa, exige experimentação. E se você não tem tempo pra isso, você acaba ficando focado no passado. “Ah, mas naquela época eu fazia isso...” e hoje não tem mais a mínima chance de saber. O futebol hoje não é o mesmo do passado. A diversão de banho no açude não dá mais. A diversão exige criatividade depois. O que acontece? A gente vai perdendo por não investir e ficamos sem opção. hoje o que mais me agrada é conversar com os amigos. Mas tá me faltando a energia pra viajar, porque é desgastante. Tem questões de despesas com a viagem, preocupação, pessoas que vão agregando à família, já não tem a mesma possibilidade que tinha antes. A diversão tem que ter criatividade para encontrar coisas que se divirtam para dar prazer. E exige tempo. E se a gente não investe nisso, então a fica privado desse tipo de atividade. 

 Talvez um resumo é que nós tempos que refletir, quem trabalha com empreendimento social,. Se o que estamos fazendo é nosso papel como sociedade civil ou papel de governo. Se é um papel nosso, vamos fazer a vida toda, devemos. Se é um papel de governo que estamos substituindo, temos quero pegar nosso movimento e fazer com que seja um instrumento de mobilização da sociedade para de certa forma presssionar e ajudar os governos a desenvolver o seu papel. Não querer substituir o governo, que é uma coisa que eu não acho legal. O empreendimento faz porque a gente se satisfaz, porque é bom e nos dá prazer. Mas é preciso ter essa visão critica de que, por exemplo, se eu trabalho com educação e o que eu faço deveria ter sido feito por uma escola ou governo, eu tenho que lutar para que a escola possa fazer isso, e não eu ficar detentor disso a vida toda, para que possa estar eu fazendo aquilo ali eu vou alcançar 0,0001 das crianças do meu município, enquanto se o governo fizer, vaia tingir 100%. Então eu tenho que mobilizar recursos e forças produzidas para garantir que o governo, de certa forma, pressionar não é brigar e jogar pedra. Pressionar é propor políticas publicas que possa levar esse empreendimento a ser executado por a quem tem direitos e responsabilidade. Aí sim chegaríamos a alcançar o máximo de pessoas possíveis, que é nosso objetivo. Quem tem empreendimento social tem sempre que pensar quanto de energia do movimento ele está fazendo para que transforme em politica publica, se for uma coisa que possa ser transformada. É preciso fazer essa reflexão

Raimundo Moura

Radialista formado, blogueiro, graduando em serviço social e Conselheiro Tutelar, atualmente apresento o Programa Alerta Geral Vale do Curu pela 91.9 de Pentecoste e colaboro com o Jornal Integração da Atitude FM de Itapajé.

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